sexta-feira, 28 de novembro de 2008

28 de novembro BUIQUE

O início do povoamento na região se deu por volta de 1752, nesta época se chamava Campos de Buíque. Sendo fundada pelo fazendeiro Félix Paes de Azevedo, que ao decidir viver ali, logo mandou construir uma capela dedicada a São Félix de Cantalice, E em torno desta surgiu o povoado.
Em 11 de dezembro de 1795, foi criado o distrito de Vila Nova de Buíque. Posteriormente foi elevada à categoria de vila a 12 de maio de 1854 e tornou-se município autônomo em 01 de abril de 1893. Finalmente, ganhou título de cidade em 26 de maio de 1904. Sua economia é baseada na pecuária leiteira e na agricultura.

O nome é originário do vocábulo Tupi que significa “Lugar de Cobras”, embora os naturais da localidade apresentam outra versão para a origem do nome. Para eles os índios que habitam essa região, serviam-se do fêmur e, com este, faziam uma trombeta cujo sons produzidos, repercutiam buíque, buíque.

Uma atração é o relógio de água e sol, tem somente o ponteiro dos minutos, as horas são marcada por jatos de água.Infelizmente não vimos funcionando.


A igreja matriz data de 1926, muito bonita, mas precisando de conservação.





27 de novembro ARCOVERDE

A origem do nome da cidade deve-se ao seu ilustre representante, o tão conhecido Cardeal Arcoverde - DOM JOAQUIM ARCOVERDE ALBUQUERQUE CAVALCANTI o 1º cardeal da América do Sul.

Nasceu o ilustre purpurado brasileiro aos 17 de janeiro de 1850, na fazenda "Fundão " no distrito de Cimbres, comarca de Pesqueira, hoje situado no território de Arcoverde, nome este dado á memória do grande pernambucano. Era filho do casal Antônio Francisco de Albuquerque Cavalcanti " senhor de engenho" e Marcolina Dorotéia de Albuquerque Cavalcanti. Teve nove irmãos e dos sete varões o pai desejou que dois fossem médicos, dois fazendeiros, um advogado e os outros seguissem a carreira sacerdotal. Fez o curso de humanidades no colégio Padre Rolim, na cidade de Cajazeiras – Paraíba. Em 1866, em companhia de seus irmãos partiu para a Europa , matriculando-se no Colégio Pio Latino Americano.O seu curso superior fê-lo com grande brilhantismo na Universidade Gregoriana de Roma. Ordenou=se aos 4 de abril de 1874, na tradicional basílica Latarramense em Roma. Regressou ao Brasil em 1875, fixando-se em Pernambuco, seu Estado natal. Foi Reitor do vetusto seminário de Olinda, nomeado por Dom Frei Vidal.Em 27 de maio de 1884 foi agraciado com as honras de Prelado Doméstico pelo Santo Padre LeãoXIII e em 9 de maio de 1888 apresentado para Bispo Coadjuntor do Arcebispo da Bahia, por decreto do governo Imperial. Tendo renunciado esta nomeação foi eleito Bispo de Goiás no Consistório de 1890. Sagrou-se em Roma pelo eminente sr. Cardeal Rampolla aos 26 de outubro do mesmo ano. Como assistente serviram D. Antônio de Macêdo Costa, da Bahia e D. Domingos Ferratas, Cardeal Arcebispo de Tessolônica. Renunciando nas mãos do Santo Padre a Diocese de Goiás, antes de tomar posse, D.Joaquim foi eleito Bispo titular de Argos e coadjuntor comfutura sucessão do Bispo de S. Paulo. Tomou posse coadjutaria em 11 de fevereiro de l893, sucedendo a D. Lino Deodato no ano seguinte. Á frente da Diocese de S. Paulo passou três anos. Em seguida foi promovido a Arcebispo do Rio de Janeiro aos 31 de agosto de 1897, tomando posse no Arcebispado por seu procurador Mons. João Pires de Amorim. Em 24 de outubro. Fez sua entrada solene na catedral e recebeu a imposição do Pálio das mãos de D. Jerônimo Tomé da Silva, da Bahia aos 16 de dezembro. Creado e publicado Cardeal Présbitero da Santa Igreja no Consistório Secreto de 11 de dezembro de 1905. Recebeu do Sto. Padre Pio X a imposição do chapéu e do anel cardianalício com o título dos S.S. Bonifácio e Aleixo no consistório de 14 do mesmo mês e ano. Depois de longo e operoso apostolado, depois de Ter engrandecido a Igreja e a Pátria com o brilho de sua inteligencia e coração entregou sua alma a Deus ás 6 e meia da noite de Sexta-feira Santa, 18 de abril de 1930.

Fonte: http://cardealarcoverde.blogspot.com/

Nossa apesentação foi na matriz de Arcoverde.


26 de novembro GARANHUS

A história de Garanhuns teve inicio na primeira metade do século XVII, sendo contemporânea às guerrilhas dos escravos fugidos para o Quilombo dos Palmares, dando inicio a organização de uma série de fazendas e sítios.

Pórtico da cidade


Em 1700 foi instalada a Capitania do Ararobá e a Freguesia de Santo Antônio do Ararobá, tendo como sede o território da fazenda do Garcia, depois Sítio Tapera, sede da capitania - e hoje cidade de Garanhuns -, que foi adquirida através de compra pelo Tenente-coronel Manoel Ferreira de Azevedo, esposo da senhora Simoa Gomes, neta do sertanista Domingos Jorge Velho, que derrotou Zumbi na guerra dos Palmares.


Praça, vista noturna


Em 1756, já viúva, Simoa Gomes ratificou, através de escritura pública a doação de uma quadra das terras desmembrada do Sítio do Garcia, em benefício da Confraria das Almas, existente na matriz da Freguesia de Santo Antônio de Garanhuns, então Ararobá. Anos mais tarde, por volta de 1762, o povoado de Ararobá passou a se chamar “Povoação de Santo Antônio de Garanhuns”, esta passou a categoria de Município, por Carta Régia, de 10 de março de 1811, instalado em 13 de dezembro de 1813, passando então a se chamar Vila de Santo Antônio de Garanhuns.


Um castelo particular costruido por um apaixonado por este tipo de construção

Em 1878, em visita a Vila de Garanhuns, o deputado Provincial Silvino Guilherme de Barros - o Barão de Nazaré -, ficou encantado com as suas potencialidades, que ao retornar a cidade do Recife apresentou na Assembléia Provincial, um Projeto de Lei, elevando a Vila à categoria de cidade. Em 4 de fevereiro de 1879 foi sancionada a Lei nº 1309, elevando a Vila de Garanhuns a categoria de cidade.

A partir de então, a jovem cidade foi se destacando na agrop
ecuária, com as culturas de hortaliças, algodão, café, mamona e a pecuária leiteira e de corte; e no comércio, segmentos que foram fortalecidos com a inauguração da Estação Ferroviária, em 28 de setembro de 1887. Décadas depois, a estação foi transformada em um Centro Cultural, pelo então prefeito Luiz Souto Dourado.


Cidade das flores


O primeiro governo autônomo de Garanhuns só veio se instalar em 1892, sendo eleito como primeiro prefeito do Município, o Major Antônio da Silva Souto. O século XX foi marcado por períodos de profundas crises, como em 1917, ano da histórica “Hecatombe de Garanhuns”; além disso, a cidade viveu os tempos em que a democracia foi corrompida pelo Estado Novo de Getúlio Vargas. No entanto, o século também foi marcado por avanços significativos, sobretudo na educação, na política, na produção agropecuária, no comércio, no turismo, na prestação de serviços e no segmento de infra-estrutura, consolidando Garanhuns, como uma das mais importantes cidades de Pernambuco.

Hoje é uma cidade importante, moderna e cheia de atrativos, especialmente no inverno, onde sua temperatura equivale à temperatura de muitas cidades do sul, tendo em vista sua altitude. Cidade verde que tem uma temperatura no inverso que vai de 7 graus a 15 graus em média, podendo inclusive baixar mais ainda. Há registros de 4 graus no inverno.

Nossa apresentação aconteceu no SESC, com a presença de um bom público.


25 de novembro BELO JARDIM

24 de novembro CARUARU

Terra de muitos nomes, artistas e fatos importantes. Caruaru homenageia o Mestre Vitalino e o Mestre Gaudino, assim como seu filho adotivo Luiz Gonzaga e acima de tudo, Caruaru possui a maior feira a céu aberto do planeta. Só entrando nela e passando algumas horas lá para ter noção do que é essa feira.

Vou comentar um pouco sobre esses nomes, artistas e fatos desta cidade:

1. Vitalino Pereira dos Santos, Mestre Vitalino, consagrou-se com sua arte de fazer bonecos em Caruaru, onde nasceu, perto do rio Ipojuca, em 1909.

Mestre Vitalino trabalhando suas esculturas no barro


Seu pai, humilde lavrador, preparou o forno para queimar peças de cerãmica que sua mãe fazia, para melhorar o orçamento familiar.
Sua mãe artesã, preparava o barro que ia buscar nas margens do rio Ipojuca. Depois, sem usar o torno, ia fazendo peças de cerâmica utilitária, que vendia na feira. Levava a cerâmica nos caçuás (cestos grandes) colocados nas cangalhas do jegue (burrico).


Ultima casa de mestre Vitalino, hoje transformada em museu

Ainda pequeno, Vitalino ia modelando boizinhos, jegues, bonecos, pratinhos com as sobras do barro que sua mãe lhe dava, para que não atrapalhasse e ao mesmo tempo se divertisse.
Quando a mãe colocava as peças utilitárias para "queimar" no forno, ele colocava no meio as suas figurinhas, suas miniaturas.


Interior da casa do Mestre Vitalino

Os seus pais iam à feira semanal, o pai carregava os frutos do trabalho agrícola, a mãe carregava o jegue com os caçuás, para levar a terra trabalhada - a cerâmica utilitária.
O menino Vitalino levava o produto de sua "reinação", da sua brincadeira e vendia.

Por volta de 1930, com 20 anos de idade, Vitalino fez os seus primeiros grupos humanos, com soldados e cangaceiros, representando o mundo em que vivia.
Sua capacidade criadora se desenvolveu de tal maneira que acabou se tornando o maior ceramista popular do Brasil.

Sverino, filho do mestre Vitalino, conserva a casa do pai como um monumento e ali trabalha com seus filhos e netos perpetuando os ideais do pai e avô.


Fazia peças de "novidade" - retirantes, casa da farinha, terno de zabumba, batizado, casamento, vaquejada, pastoril, padre, Lampião, Maria Bonita, representando seu povo, o seu trabalho, as suas tristezas, as suas alegrias. Retratava em suas peças o seu mundo rural.

Esta foi a grande fase do Mestre Vitalino, que imprimia no massapé a sua vivência.
Mais tarde começou a fazer obras sob encomendas: dentistas, médicos o
perando... Passou também a pintar as figuras para agradar aos compradores, da cidade, que tentavam "inspirar" o Mestre.
Carimbava as suas peças mas, a partir de 1950, analfabeto qu
e era, aprendeu a autenticar a sua obra, com o seu nome.

Mestre Vitalino Pereira dos Santos faleceu em 1963 deixando escola e continuadores. Seus filhos, Severino e Amaro, continuam a sua obra, recriando no barro os personagens do mundo nordestino.

2. Embora não tenha nascido em Caruaru Luiz Gonzaga, o rei do baião, é venerado nessa terra. Lá possui um grande memorial e uma estátua em sua homenagem. Luiz Gonzaga nasceu em Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912.


Foi um compositor popular. Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais. Mas foi exatamente aí que ouviu um cabra lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste. Pensando nisso compôs dois chamegos: "Pés de Serra" e "Vira e Mexe". Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “ Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.



Estátua em sua homenagem


No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.


Entrada do memorial de Luiz Gonzaga, tendo como guardiães Maria Bonita e Lampião


Nos seus vários anos de carreira nunca perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia.


Memorial de Luiz Gonzaga

Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nodestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo...era a alma do nordeste cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem que agradecer.

3. Outro ilustre cidadão da terra é o Mestre Galdino. Ceramista, cantador de viola e poeta de cordel, Mestre Galdino (Manuel Galdino de Freitas) nasceu em 1928 e foi um dos artistas mais famosos do Alto do Moura, em Caruaru. Gostava de fazer moringas e monges, mas sua arte maior estava nos pequenos bonecos de barro. Para cada boneco que produzia, costumava escrever uma história que ia anotando num caderno - chegou a escrever mais de mil histórias.

Vaidoso, quando alguém indagava se havia aprendido o ofício com o Mestre Vitalino, ele respondia em versos: "Galdino é bonequeiro/e sou poeta também/tem boneco em minha casa/que bonequeiro não tem/na arte só devo a Deus/lição não devo a ninguém". Cuidadoso, depois de modelar as peças, deixava oito dias para secar.

Após esse período, as peças iam para o forno (de tijolo, no fundo do quintal de sua casa) e passavam dez horas lá dentro. Finalmente, as peças ficavam mais quatro horas com o fogo apagado, "para desenfornar". Caso não seguisse todo esse ritual, dizia o mestre, "o bicho ficava encruado e feio".

Uma das mais famosas obras do Mestre Galdino, produzida no final da década de 1980, ocupava quase metade de sua mesa de trabalho. Era a história, em barro, de dois irmãos que resolveram casar e pagaram pelo pecado do incesto tendo 118 filhos deformados. Galdino trabalha na sua pequena casa, no Alto do Moura, com ajuda da mulher e dos cinco filhos. Antônio Galdino de Freitas, um dos filhos do mestre, é hoje outro famoso artista do Alto do Moura.

4. Outro destaque de Caruaru é grande, a enorme feira a céu aberto. É considerada a maior feira a céu aberto do planeta e considerada pelo IPHAN patrimônio imaterial do Brasil. No começo era só um caminho que ia do sertão para o Recife. Depois uma fazenda onde José Rodrigues de Jesus mandou construir a capela de Nossa Senhora da Conceição. Aí logo se instalaram uma rua de casas e a feira. A data de quando surgiu o primeiro arruado é discutida. Mas Caruaru e a feira nasceram juntas. É ponto de concordância.

Portal da Feira de Caruaru



Corredores, ruas, ladeiras, praças, becos lotados de bancas de todo o tipo. Segundo um painel local, aqui tem tudo o que o mundo produz, que vai dos eletrônico ao artesanato


O espaço urbano se expandiu ao longo da estrada e, simultaneamente, expandia-se a feira. Mas, se por um breve momento, a feira e a cidade conviveram em harmonia, logo as funções de uma passaram a prejudicar as atividades da outra. Já em 1853, o vereador Caetano Alves da Fonseca requeria que a feira fosse colocada "da casa do capitão Manoel Félix para cima" por sujar a capela da Conceição. Há 50 anos, os jornais faziam a mesma referência. Várias tentativas foram feitas. Em 1922, o prefeito Celso Galvão mandava construir três mercados, o de carne, o de farinha e o de açúcar. A feira já havia crescido e ocupava o "cafundó", atrapalhando o comércio nas imediações. Ao longo dos anos, à medida em que a feira se expandia, mais necessário se fazia encontrar uma situação que permitisse melhores condições para a feira e eliminasse os transtornos que sua localização trazia à cidade. Mas só em 1983 se iniciaria o processo de transferência. O local estava definido. No coração da cidade, vizinho à feira em seu local de origem, estava o "Campo de Monta". É como se tivesse se resguardando, esperando pelo momento em que a harmonia entre feira e cidade se tivesse rompido e a transferência fosse inadiável. Assim, executadas as obras, no dia 16 de maio de 1992, o Parque 18 de Maio estava pronto para receber a Feira de Caruaru. Foi um sonho de 140 anos, um projeto de 9 e uma mudança que se concretizou em um dia. Quando, no dia 16 de maio de 1992 realizou-se a última feira nas ruas do centro da cidade. Cada feirante sabia onde deveria colocar seu banco, sua mercadoria e suas esperanças no dia seguinte. No dia 17 de maio, um lindo movimento de 4.000 bancos de feira deixava o centro da cidade e marcava presença no novo pátio da feira. No dia 18 de maio, a cidade acordou em festa. Era o seu aniversário. Muitos foram à igreja da Conceição e a viram, depois de tantos anos, em sua beleza completa e viram também o parque ocupado pela velha feira. A feira estava transferida e começava um novo capítulo na história de Caruaru.

5. Outro nome de destaque hoje em dia, é nosso presoidente Lula, que nasceu em Caetés, distrito de Caruaru.